Bexiga Urinária

O que é a bexiga urinária dos seres humanos?


A bexiga urinária é um órgão muscular oco localizado na cavidade pélvica, situado posteriormente ao púbis e anteriormente ao reto, nos homens, e à vagina e útero, nas mulheres. Sua estrutura é composta por três camadas principais: a mucosa interna, formada por epitélio de transição; a camada muscular média, chamada de músculo detrusor; e a camada adventícia ou serosa, que reveste externamente o órgão. A mucosa interna possui dobras que desaparecem à medida que a bexiga se enche, permitindo sua expansão.

Função da Bexiga Urinária


A principal função da bexiga urinária é o armazenamento temporário da urina produzida pelos rins. A urina é transportada dos rins até a bexiga por meio dos ureteres. Quando a bexiga atinge determinado volume de líquido, sinais nervosos são enviados ao cérebro indicando a necessidade de micção. A bexiga também participa ativamente do processo de micção, por meio da contração do músculo detrusor e do relaxamento do esfíncter uretral.

CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS:

1. Capacidade e Volume da Bexiga


A capacidade média da bexiga urinária em adultos varia entre 400 e 600 mililitros. Contudo, a sensação de necessidade de urinar geralmente surge quando a bexiga está com cerca de 150 a 200 mililitros. O volume pode variar de acordo com a idade, o sexo e fatores fisiológicos. A elasticidade da parede vesical permite adaptações ao volume armazenado, sem aumento significativo da pressão interna.

2. Controle Nervoso da Bexiga


O controle da bexiga urinária é realizado por mecanismos involuntários e voluntários. O sistema nervoso autônomo, por meio dos nervos simpáticos e parassimpáticos, regula o enchimento e o esvaziamento da bexiga. Os nervos parassimpáticos estimulam a contração do músculo detrusor para promover a micção, enquanto os nervos simpáticos favorecem o relaxamento do detrusor e o fechamento do esfíncter interno, promovendo o armazenamento de urina. O controle voluntário, realizado pelo sistema nervoso somático, envolve o relaxamento do esfíncter externo da uretra, permitindo a micção.

3. Ureteres, Uretra e relação com a Bexiga


Os ureteres são tubos que ligam os rins à bexiga e conduzem a urina por meio de movimentos peristálticos. Eles desembocam na parte inferior da bexiga, em ângulos que evitam o refluxo da urina. A uretra, por sua vez, é o canal que conduz a urina da bexiga ao meio externo durante a micção. A extensão e estrutura da uretra diferem entre os sexos: nos homens, é mais longa e também faz parte do sistema reprodutor; nas mulheres, é mais curta e exclusivamente urinária.

4. Desenvolvimento embriológico da bexiga


Durante o desenvolvimento embrionário, a bexiga origina-se a partir da porção superior do seio urogenital, estrutura derivada do intestino primitivo. Essa diferenciação ocorre a partir da quinta semana de gestação. O ápex da bexiga está ligado ao úraco, uma estrutura embrionária que, após o nascimento, torna-se o ligamento umbilical mediano.

5. Diferenças entre os sexos


Anatomicamente, a bexiga urinária é semelhante entre homens e mulheres, com exceções relacionadas às estruturas vizinhas. Nas mulheres, está localizada anteriormente ao útero e à vagina; nos homens, acima da próstata e anterior ao reto. Tais diferenças influenciam a forma, posição e relações anatômicas da bexiga em cada sexo, mas não alteram sua função essencial de armazenar e expelir a urina.

Importância da Bexiga na Homeostase Corporal


A bexiga urinária contribui para a homeostase corporal ao atuar na regulação do equilíbrio hidrossalino. Ao armazenar a urina produzida com excesso de água e íons, participa do controle do volume sanguíneo e da pressão arterial. O processo de micção também ajuda a eliminar substâncias residuais do metabolismo, mantendo o meio interno estável e adequado ao funcionamento celular.

Histologia da Bexiga Urinária


A parede da bexiga apresenta epitélio de transição, capaz de se distender sem perder sua função de barreira. A lâmina própria subjacente sustenta o epitélio, seguida pela espessa camada muscular composta por fibras musculares lisas organizadas em feixes. A camada adventícia é composta por tecido conjuntivo que conecta a bexiga às estruturas vizinhas. Essa composição histológica permite resistência, elasticidade e funcionalidade ao órgão.

Saiba mais:

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Artigo revisado por Tânia Cabral - Professora de Biologia e Ciências - graduada na Unesp, 2001.

Atualizado em 29/07/2025